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A nova Lei de Planejamento e Desenvolvimento Espacial, que entrou em vigor em 11 de julho de 2003, visava facilitar e acelerar os investimentos. Na verdade - os regulamentos nele contidos irão simplificar alguns procedimentos. Antes, porém, a validade dos antigos - anteriores a 1995 - planos locais, que expiravam no final de 2002 ou 2003, não era prorrogada, o que significa novas dificuldades para os investidores. As comunas tiveram oito anos para desenvolver os planos, mas principalmente por falta de fundos, não o fizeram, pelo que desde o início deste ano muitas delas não têm um plano local vinculativo. A situação das pessoas que se estabelecem nessas comunas é pior.
Por que o plano é tão importante
O plano local consiste em um texto na forma de uma resolução do conselho municipal e um desenho anexo à resolução. Este desenho - um mapa da área em que um determinado plano é válido - de acordo com a nova Lei de Ordenamento e Desenvolvimento do Território, deve ser elaborado na escala de 1: 1000, graças ao qual será muito detalhado (até agora os planos eram normalmente traçados na escala de 1: 5000, ou mesmo 1:10) 000). O ato também indica quais elementos devem ser incluídos no plano. Esses incluem:
  • a finalidade das áreas e as linhas que delimitam áreas de diferentes finalidades ou diferentes princípios de desenvolvimento;
  • parâmetros e indicadores de modelagem de edifícios e desenvolvimento de terrenos, incluindo linhas de construção, dimensões das instalações e indicadores de intensidade de construção;
  • regras e condições detalhadas para a fusão e divisão dos imóveis cobertos pelo plano local;
  • condições especiais de loteamento e restrições ao seu uso, incluindo a proibição de loteamentos;
  • princípios de modernização, expansão e construção de sistemas de comunicação e infraestrutura técnica;
  • forma e prazo do desenvolvimento, arranjo e uso temporário da terra.
    Tal detalhamento e clareza do plano são importantes porque a partir de 11 de julho de 2003, os projetos de construção podem ser preparados com base em um trecho do plano. As licenças de construção serão emitidas diretamente com base nos novos planos. Portanto, os planos locais contêm informações muito importantes para os investidores, necessárias na fase de seleção do terreno. A partir do plano, o investidor saberá não só se será capaz de construir uma casa no terreno escolhido, mas também se será possível construir alguma coisa nele. Essas informações também serão necessárias na fase de desenvolvimento do projeto - porque o conteúdo do plano local é a base para o seu desenvolvimento.
    Qual é o plano
    Os planos locais devem conter, inter alia, as seguintes informações:
  • pode uma casa unifamiliar ser construída em um determinado terreno,
  • que casa específica pode ser construída - por exemplo, um andar ou vários andares, com um telhado íngreme ou plano, com que largura da frente,
  • qual é a altura máxima permitida para construção,
  • qual é a distância mínima entre a casa e a estrada,
  • onde vai correr a estrada e se não vai ocupar parte do terreno, o que pode dificultar a construção neste local ou transformar a zona até então sossegada em ruidosa.
    Construir de acordo com a nova lei
    A partir de 11 de julho de 2003, nos territórios de comunas que têm planos locais válidos (ou seja, aqueles adotados depois de 1º de janeiro de 1995 e todos os que serão criados de acordo com a nova lei), não é mais necessário solicitar uma decisão sobre as condições de desenvolvimento ( anteriormente - a decisão sobre as condições de construção e urbanização). As informações que existiam até agora conterão informações locais.
    Se não houver esses planos na comuna, será necessária uma decisão sobre as condições de desenvolvimento.
    O escritório pode recusar. Toda pessoa tem direito a fiscalizar as plantas locais e a receber extrato e trecho da planta, não podendo a repartição se negar a emiti-los.
    A comuna não pode emitir uma decisão de zoneamento se pretende iniciar os trabalhos no plano. O processo de determinação das condições de desenvolvimento ficará suspenso por 12 meses, no entanto, no prazo de 2 meses após a apresentação do pedido, a câmara municipal deve aprovar uma resolução para iniciar a elaboração do plano. Se não o fizer nesse prazo ou se não adotar o plano em 12 meses, a decisão sobre as condições de desenvolvimento deve ser proferida pelo titular do município, prefeito ou presidente da cidade.
    Decisões sobre as condições de construção - novo. A decisão sobre as condições de desenvolvimento é emitida por tempo indeterminado (até o momento, sua validade era definida na decisão). A caducidade da decisão só é possível quando:
    - um dos requerentes da decisão sobre o referido imóvel obtiver licença de construção;
    - será adotado um plano local para uma determinada área, cujas disposições serão diferentes das incluídas na decisão.
    Quanto tempo esperar com a construção
    Onde houver planos locais, não deve haver dificuldades para iniciar o investimento.
    Em áreas onde não há planos - e há mais - o tempo necessário para o cumprimento das formalidades necessárias à construção será maior. Os investimentos podem ser realizados sempre que seja possível emitir uma decisão com base no princípio da boa vizinhança, remetendo o escritório para os edifícios existentes. Nas demais áreas, os investidores simplesmente terão que aguardar a adoção de novos planos locais. E esses procedimentos são longos e complicados. Pode-se contar com mudanças mais rápidas naquelas comunas que conseguiram passar no estudo das condições e rumos do desenvolvimento espacial, porque é a partir dela que se prepara o local. Outras comunas devem passar por tal estudo até 11 de julho de 2004,portanto, muito provavelmente, somente após essa data começará a trabalhar no conjunto.
    Procedimentos mais rápidos
    O andamento dos trabalhos nos planos será favorecido pelas novas disposições da Lei de Planejamento e Desenvolvimento Espacial, segundo a qual foi suspensa a possibilidade de apresentar protestos e acusações contra os planos (até agora esses protestos eram a ruína dos investidores). Em vez disso, só é possível enviar comentários. Da rejeição de comentários pela câmara municipal não caberá recurso para o tribunal administrativo. Espera-se que isso acelere o processo de planejamento.
    No entanto, resumir esses temores e esperanças não é muito encorajador - no próximo ano os investidores devem se preparar para as dificuldades ao invés de facilitar as formalidades. Assim, se acreditarmos nas boas intenções do legislador, o efeito do novo ato muito provavelmente ficará longe do pretendido.
    Base jurídica:
    - Lei de 27 de março de 2003 sobre ordenamento e ordenamento do território - Diário de Direito de 2003, n.º 80, item 717;
    - Regulamento do Ministério da Infraestrutura de 26 de agosto de 2003 sobre a minuta necessária do plano de ordenamento do território local - Diário Oficial de 2003, nº 164, item 1587;
    - Portaria do Ministério da Infraestrutura de 26 de agosto de 2003 que estabelece requisitos para novas edificações e loteamentos na ausência de um plano de ordenamento do território local - Diário Oficial de 2003, nº 164, item 1588;
    - Regulamento do Ministério da Infraestrutura de 26 de agosto de 2003 sobre marcações e nomenclatura utilizadas na decisão de determinação da localização de investimento de uso público e na decisão sobre as condições de desenvolvimento - Diário Oficial de 2003, nº 164, item 1589.
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