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Poltrona proust
Nasceu a poltrona de Proust. 1978 Esta impressionante peça de mobiliário é provavelmente a única peça de equipamento na história do design que não foi desenhada pelo seu criador. Alessandro Mendini simplesmente decorou uma cópia de uma poltrona barroca. E desta forma simples, ele garantiu seu lugar no panteão dos designers. TEXTO ANNA GRUŻEWSKA FOTOS IMPRENSA SERVIÇOS DAS EMPRESAS: CAPPELLINI, MAGIS, ZANOTTA É muito difícil tirar os olhos dele. A poltrona "Proust" é tão expressiva em cada uma das versões que apresentamos que não se pode passar por ela indiferente. Não é de admirar que seja encontrado em todas as enciclopédias de design e em muitos museus. Acontece que sua história é na verdade uma história sobre uma ideia inteligente, não uma obra-prima de design. O autor da poltrona,o designer italiano Alessandro Mendini passou por uma grave crise criativa no final dos anos 1970. Parecia-lhe que já estava tudo lá, cada peça já tinha sido desenhada e não havia espaço para novidades. Desenhando e escrevendo ao mesmo tempo, ele propôs a teoria de que a decoração é tão importante quanto a estrutura de uma peça de mobiliário. Afinal, a cor e o padrão podem transformar um objeto conhecido em algo completamente novo. Munido de conhecimentos teóricos, decidiu enfrentar a prática. No seu trabalho, decidiu aproveitar a experiência adquirida dois anos antes, desenhando um tecido que viria a ser uma homenagem ao criador de "Em Busca do Tempo Perdido", Marcel Proust. Mendini descobriuque o escritor amava a pintura impressionista e neoimpressionista, por isso decidiu que o tecido deveria remeter a essa tendência da pintura. Depois de muitas tentativas, em vez do conhecido motivo de barcos ou nenúfares, ele decidiu usar uma moldura muito estreita de uma pintura de Paul Signac (1863-1935). Não se trata nem de uma citação, mas de um pequeno fragmento que mostra o método de pintura deste artista, que colocava manchas coloridas lado a lado. Porém, o tecido só pode ser usado no estofamento, e o que fazer com o restante do móvel? Em resposta a essa pergunta, Mendini pintou a poltrona inteira! Tanto o quadro quanto o estofamento. E embora ele cobrisse uma cópia produzida em massa de uma poltrona barroca com manchas coloridas, ele elevou esta peça comum de mobília à categoria de arte.Mais tarde, ele experimentou repetidamente o método que havia desenvolvido. Daí o modelo com padrões geométricos (apresentado no topo da página), ou seja, "Proust Geometrica" (produzido pela Cappellini) e uma versão em plástico monocromática e mais barata produzida pela empresa Magis. E é preciso admitir que a cada edição a poltrona Mendini se parece com o rei da sala. ALESSANDRO MENDINI (nascido em 1931 em Milão) Arquiteto, designer e teórico do design italiano. Por muitos anos ele esteve envolvido em atividades editoriais. Ele era, entre outros, editor da conhecida revista italiana de design Domus. OUTROS MÓVEIS DE ALESSANDRO MENDINI 1. Sifro, mesa de centro em formato de ganso. 2. Macaone,mesa em MDF pintado com pés com revestimento de alumínio polido. Cada cópia é assinada. 3. Calamobio, uma cômoda de edição limitada. Feito à mão, para que não haja dois modelos iguais. 4. Agrilo, console de madeira. Seu topo é forrado com vidro fosco preto. A borda é pintada à mão, as pernas são acabadas com ponteiras de latão prateado.

É muito difícil tirar os olhos dele. A poltrona "Proust" é tão expressiva em cada uma das versões que apresentamos que não se pode passar por ela indiferente. Não é de admirar que seja encontrado em todas as enciclopédias de design e em muitos museus. Acontece que sua história é na verdade uma história sobre uma ideia inteligente, não uma obra-prima de design.

foto: serviço de imprensa

O autor da poltrona, o designer italiano Alessandro Mendini, passou por uma séria crise criativa no final dos anos 1970. Pareceu-lhe que já estava tudo lá, cada peça já tinha sido desenhada e não havia espaço para novidades. Desenhando e escrevendo ao mesmo tempo, ele surgiu com a teoria de que a decoração é tão importante quanto a estrutura de uma peça de mobiliário. Afinal, a cor e o padrão podem transformar um objeto conhecido em algo completamente novo. Munido de conhecimentos teóricos, decidiu enfrentar a prática e, no seu trabalho, decidiu utilizar a experiência adquirida dois anos antes, desenhando um tecido que viria a ser uma homenagem ao criador de "Em Busca do Tempo Perdido", Marcel Proust.

foto: serviço de imprensa

Mendini descobriu que o escritor amava a pintura impressionista e neoimpressionista, por isso decidiu que o tecido deveria remeter a essa tendência da pintura. Depois de muitas tentativas, em vez do conhecido motivo de barcos ou nenúfares, ele decidiu usar uma moldura muito estreita de uma pintura de Paul Signac (1863-1935). Não se trata nem de uma citação, mas de um pequeno fragmento que mostra o método de pintura deste artista, que colocava manchas coloridas lado a lado. Porém, o tecido só pode ser usado no estofamento, e o que fazer com o restante do móvel? Em resposta a essa pergunta, Mendini pintou a poltrona inteira! Tanto o quadro quanto o estofamento. E embora ele cobrisse uma cópia produzida em massa de uma poltrona barroca com manchas coloridas, ele elevou esta peça comum de mobília à categoria de arte.Mais tarde, ele experimentou repetidamente o método que havia desenvolvido. Daí o modelo com padrões geométricos, ou seja, "Proust Geometrica" (prod. Cappellini) e a versão de plástico monocromática e mais barata produzida pela Magis. E é preciso admitir que a cada edição a poltrona Mendini se parece com o rei da sala.

Alessandro Mendini

ALESSANDRO MENDINI (nascido em 1931 em Milão) Arquiteto, designer e teórico do design italiano. Por muitos anos ele esteve envolvido em atividades editoriais. Ele era, inter alia, editor da conhecida revista italiana de design Domus.

OUTROS MÓVEIS DA MENDINI 1. Sifro, mesa de centro em forma de ganso. 2. Macaone, uma mesa de MDF pintado com pés que terminam em revestimentos de alumínio polido. Cada cópia é assinada. 3. Calamobio, uma cômoda de edição limitada. Feito à mão, para que não haja dois modelos iguais. 4. Agrilo, console de madeira. Seu topo é forrado com vidro fosco preto. A borda é pintada à mão, as pernas são acabadas com ponteiras de latão prateado.

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