O homem é um mamífero. Como espécie, emergimos da selva africana cerca de 200.000. anos atrás, mas migramos rapidamente para as estepes, porque viver entre animais territoriais como os macacos seria muito perigoso. Viemos para a Noruega após a última Idade do Gelo, por volta de 9.000 aC A natureza - tanto africana quanto norueguesa - nosso habitat original é colorido e mutável.
Deixe-me lembrá-lo: 80 por cento de todas as impressões sensoriais humanas são visuais e vemos as cores primeiro, antes mesmo das formas. Eles nos informam sobre a temperatura, sobre os perigos, sobre a saúde das pessoas ao nosso redor, sobre o que é comestível e o que não é comestível … Como animais, estamos biologicamente adaptados para viver em um ambiente unicolor e colorido. É saudável e natural para nós. Pessoas que perdem a capacidade de perceber a cor (acromatopsia) geralmente não conseguem lidar com ela, o que resulta em depressão. Por outro lado, quem já nasce privado da capacidade de ver as cores tem de enfrentar inúmeras limitações e a sensação de que falta muita coisa.Seria difícil imaginar uma vida e um mundo sem cores. Sem a alegria de amanheceres e entardeceres coloridos, plantas florescendo na primavera, outono cintilando com tons de laranja e vermelho, mar turquesa ou um céu azul claro.
E ainda assim, nos últimos 10-15 anos, as cores gradualmente desapareceram do ambiente. Cidades, casas e roupas estão se tornando mais moderadas; muitos noruegueses agora vivem principalmente em preto, branco e cinza. Talvez não deva ser surpreendente que as vendas de antidepressivos aumentaram drasticamente no mesmo período.
(trecho do livro "Revolução colorida" de Dagna Thurmann-Moe, traduzido por Karolina Drozdowska, Agora Publishing House)
Dagny Thurmann-Moe - o popular especialista em cores norueguês. Ele aparece regularmente na mídia, onde fala sobre tendências de cores em interiores, arquitetura e moda. Ela dirige seu próprio estúdio de design em Oslo, compõe paletas de cores para edifícios, quartos, tecidos, porcelana, etc. Anteriormente, ela trabalhou como diretora de arte em uma das maiores empresas de tintas, papéis de parede e pisos da Noruega. Ministra treinamento profissional no campo da teoria e prática da composição de cores.
